quinta-feira, dezembro 28, 2006

O QUE SE VIVE


O que se vive

Assim se encontra
Nas experiências do agora
Em cada momento um sentir
Experimentando o entorpecer
Provando as sensações
Quem dirá?
Na individualidade melhor...
Uma música se faz
Pode ser uma insígnia
Uma simples queda de pressão
Mas é, dissimuladamente, um ser humano
Querendo a sua biografia
Intensa
Contudo, esta melhor
Por momentos descompassados
E a vida?
Lembro todos os seus instantes
Todos os seus momentos
E deles gosto...
Até o fim
Por que sou eu!!!

Luciana Maria Borges

MINHA PRESA


Minha presa

Encantuo-te
Somente para ver-lhe
Contra a parede, e suas expressões
Nesta se inibe, se esquenta
Hora de olhar medroso
Hora de olhar voraz
Queres-me
Sou “tua” presa
Caçando em jogo de sedução
Em meus caninos afiados
De pontas e unhas e dedos
Dos poros o aroma
Vem, que lhe quero mais cedo
Na armadilha que planejo
Quanto mais tempo o tempero
Mais gostoso se entregará
Criativo
Hora és minha lebre
Hora sou a lebre
Porém, não gosto de jogos
Instintos, apenas deixo agir
Sendo a “alfa”
Que domina
Que se deixa dominar
Nas saborosas sensações...
Designadas pela conquista
... contra a parede
É assim que te quero hoje!!!

Luciana Maria Borges

quinta-feira, dezembro 14, 2006

QUIERO HABLAR


Quiero hablar

Deixe-me falar das idéias
Aquele dia eu brinquei
Mais um dia assim
Em que sou mais uma tentativa
Sensibilidade na superfície
No traduzir de capacidades
Tantas mais
Aquilo que critico
O que menos quero ser
Difícil é ser as idéias
Naquela se mostra
Assim social
Complexo é ser os conceitos
Entre tantos, decidir
Logradouros que cruza
A vida é o que a gente dela faz!
Assim sendo...
Suas palavras!!!

Luciana Maria Borges

O MEDO É INDIVIDUAL


O medo é individual

Vejo seus esconderijos de guerra
Em cada olho partes...
Sou
Em cada conhecimento
Um ser
Na medida das descobertas
Só mais uma das noites
O que valem estas?
Não mais o romance
Ressarcir de necessidades
Práticas e renováveis
Pode-se contra a natureza
Extraindo dela
Esquivando
O próprio medo que o faz perguntar
Na carapaça que acena
Terminações nervosas
Em seu questionamento apenas diz
“Estou aqui”
O próprio que a pergunta faz!
Em razão da carcaça que usa
Na tentativa de enganar seus respectivos medos!
Mecanismos intrincados
Fazendo-se crer outros!
Tendo que crer no que diz
São apenas suas trincheiras...
Não mais!!!

Luciana Maria Borges

terça-feira, dezembro 05, 2006

COMO COPAÍBA


Como Copaíba

Externos a ti além de si
Chuva que cai
Muda as rotas
Novas opções
Relatividade intrincada
Remédio é curativo riso
Cicatrizante
Ensaio de (meia) hora além...
Quando profundo
Discando pensamentos
Envolvido em seu abismo
Ressonância de idéias
Um traço... uma lápide
Um despertar!
O ensurdecer por gosto e opção
Apenas o que quer
Escolhas e seus reflexos
Cadeias que se desdobram e multiplicam
Quebrando-se e carregando trechos
Aqui fica... daqui vai...
Dia após dia
Sua escolha!
Rir...
Compartilhar apenas prazer
Que as tristezas sejam somente minhas
Nos pedaços... degusta os ingredientes
Quais tem a oferecer?
Misturados formam o sabor e a textura
Enfim... infinitos sentidos
Reais e (ir)reais
Quero ser a copaíba
Que nos lábios trás o que cicatriza!!!

Luciana Maria Borges

ENTARDECER


Entardecer

Desfaz-se de mim
Direito tens
Iguais a tudo/todos
Exposição ... não mais
Imposição... não sou
Gotas que caem diluindo a rocha
No alto (superfície) que desce
Em uma caverna
Estalagmite... estalactite
Vês... como tudo é poesia!?
As tendências
As importâncias
Muito simples...
Ouvir
Ver
Sentir...!
Ao todo em sua volta
Divergências infinitas a cada metro
Não um obstáculo
Porém metas...
Agora... o que faz?!
Saboreando e semeando
Que o martelo bata... por suas mãos
És tu senhor de ti
Mesmo que a responsabilidade disto...
Tenha “dado” a outro
És ti...
Vendo o sol se pôr em cima do muro
A vida passando por você sem que passe por ela!!!

Luciana Maria Borges

segunda-feira, dezembro 04, 2006

HUMOR


Humor

As faces do riso
Fácil e melhor
Humor construído
Moldura da tela
Artesanalmente projetada
Cunhada em aroeira velha
Um novo dia
Novas idéias
Rir (não) é fácil
Porém gostoso
Muda-lhe
Experimentando diversidade!!!

Luciana Maria Borges

LÓGICA


Lógica

Seus atos...
Condizem com tuas palavras...
Pensamentos
Quem lhos vê todos?
Sentimentos
Mesmo posto!
Atos
Encontra-se tempo inteiro junto a ti?
Apenas fragmentos de momentos
Assim, do ser!
Então...
Não se conhece, além de frações
Apenas... frações de mim
Reais, na medida dos fatos!!!

Luciana Maria Borges

SUBJETIVO


Subjetivo

Alguém já sentiu tanta agonia...
Quanto sinto agora?
E neste momento, estar só?!
Sim
Por que nestes momentos, ninguém pode ouvir-te
Ninguém compreende
Poder-se-ia dizer que é egoísmo meu
Quem sou eu pra exigir além de mim
Outro, além de mim
Por opção... e por falta de opção!
És assim... sua real exigência
Portanto... sua situação
Sua solidão!!!

Luciana Maria Borges

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