terça-feira, julho 16, 2013

DE ONDE SURGEM?

De onde surgem?

Tantas coisas pensadas
Fatos são atos
Riscos em uma corrente que vai
Para jamais voltar a ser
Você que acredita, pode tocar nas ideias...
Um exercício severo deve ser viver
Até que ponto vai à ruina da vontade...?
Mais fácil é não saber
No escuro, segue vozes radiantes
Elas te lambuzam com respingos
Sua marmota...
Mas acredita ser flores
Lobo ou líder
Ovelha ou submissão
Se entrega com outros em uma caixa
Onde viverá e morrerá
Quem sabe de sua flacidez... molhado
Poucos querem sair da caverna!
Um cavaquinho agudo
Faz dançar um louco surdo
E chorando em craviolas
Diz lamentações, são mazelas
De onde elas surgem...
É de onde se constrói o mundo
Significados...
Agradecendo calado
Ei indivíduo, onde vai se acomodar?!!!
 
Luciana Maria Borges

SOBRE OS EIXOS

Sobre os eixos

Quem foi que disse que quero...
Trabalhar sobre os eixos
Meus suspeitos olhares
Dizem algo
Não quero perder o que tenho
Será que liberdade é isentar-se de responsabilidade?
Mesmo sem pensar em suas pernas torneadas...
Com calça de balé!
Masculino transvestido na cultura feminino
Tradição, moral, reticências...
Ainda jovem
Você diz, eu penso
Verdades são pontos de vista, folclore
Historicidade margeada de vastas opiniões
De qual lado está para ver o que meus olhos veem?
Ética que muda
E antes uma ignorância necessária
Vejo ainda um mundo de ovelhas
Legitimadas pelo comodismo e religiões
Resistindo em me tornar mercadoria
Seus pacotes de valores
Mas quem disse que quero...
Trabalhar sobre os eixos?!!!
 
Luciana Maria Borges

PEQUENO

Pequeno

Vértice cruzado
Teso no muro de lamúrias
Como porta de entrada
Para uma ruina suprema
Desistindo de sorrir
Diferente
Meu brilho quase se apaga
Mas ainda ruge
Bradando e cuspindo
Grandes vontades
Para correr sempre
E descansar..., as vezes
Preguiça boa..., sono bom
Na enorme paz
Quiçá me é roubada
Por beijos, abraços
Tudo profundo e intenso
Que ferve em meu peito
Mãos frias
Olhando longe
Na busca de um brilhante
Bombear... pulsante
Corajoso de entrega
Em meio ao escuro
Consegues tatear!!!
 
Luciana Maria Borges

SILÊNCIO DO DIA

Silêncio do dia

Limites criados
Por nós
Em lugar ao sol
Se é belo

Na noite
Rastejantes deixam rastros
Suas quimbas
Seus fracassos

Assim vejo
Perto ao por do sol
Quanto mais se protege
Mais medo tem

Quanto mais livre
Menos livre
Quanto mais preso
Mais preso!!!

Luciana Maria Borges

sexta-feira, julho 12, 2013

DISSIMULADO

Dissimulado

Não revela seus sentimentos
Espero demais
Com astúcia
Sai pela tangente

Inocente
Eu dissidente
Você encoberto
Disfarçado

Um João sem braço
Sem pele descalça
Não aguento
Saio em silêncio

Será que perdi algo?
Minha mãe me disse:
Excêntricas não são escolhidas
Frescas são bem quistas

Sou isso
Forte e extrema
Não dissimulada
Revelo-me, em lagos.

Espasmos
Necessidade
Loucura
Envoltura...

Reciprocidade não se cobra
Recebe
Mas não sou incondicional
Almejo retorno...

Erro
Tolice
Espera
Perda de tempo!!!

Luciana Maria Borges

SERÁ QUE SOU MESMO LOUCA?

Será que sou mesmo louca?

Não é possível
Vejo coisas
Sinto coisas
Não deveria acreditar em mim?

Não deveria querer mais
Não deveria?
Por que tantas regras
Por que tantos muros

Minha cabeça não está funcionando
“Homem” que pensa demais
Nestas horas esqueço
Mas, lembro demais de mim.

Dá vontade
De bater em tudo
Me quebrar
Cair em si

Se estou dormindo
Sonho ruim..., maldito
Quero acordar
Em outro sonho bom

Mas se perguntas
Sou feliz
Esta loucura é santa...
Desagua um rio vivo em mim!!!

Luciana Maria Borges

DISPONHA

Disponha

Licenciosidades, ou cartas na manga.
É preciso jogar na vida
E quem será o prêmio?
Nessa inclinação disforme

Infestação de pulgas ao relento
Soltando fumaça a ventoinha
Ladrilhos esculpidos para
Somente alguns passar

Infinito de inflamações
Descontentamento
Indefinidos de jugo
Juizados jogadores de nós

A calma alarmante
Sem pressa, medo, ou anseio
Nada abala aquele
De sincretismos utópicos

Nada sincronizado
Um sina, uma pedra
Que se pode pegar
E jogar!!!

Luciana Maria Borges

terça-feira, julho 09, 2013

ATÉ CERTEZAS


Até certezas

Impotente sorriso
Adiante está
Identificando-se com o belo
Enaltecimento da aversão

Verás que hoje
Jamais será
Tudo é diferente
Até certezas

Aquiescências da verdade
Nesta vontade de expressar
Neste contexto livre
De grades e em celas

Deve esconderijo
Haver breve em sua mente
Dormindo sob o manto
Paz por enquanto

Verás que amanhã
Jamais será
Tudo é vento
Até certezas!!!

Luciana Maria Borges

QUEM DISSE QUE VENDE A ALMA?


Quem disse que vende a alma? 

Não vende
Não rende
Sendo
Crendo

Desafios
És
Não és
Desabafos

Sonda
Entendendo
Renova
Estorva

Esfola
Gosta
Ama
Vive

É apenas
História
É apenas
Tu!!!

Luciana Maria Borges

quarta-feira, julho 03, 2013

DIZERES


Dizeres
 
Como um eterno sorriso
No pretexto da ideologia
Na repressão dos saberes
Ou liberdade de escolher

Tudo morre e tudo vive
Concretas são instantâneas falas
Escrita, interpretações
Eternas enquanto lidas

Descoberta ou ilusão
O que importa?
Ser feliz
Horas musicais circunstanciais

O que cria o sentido
Soa longe uma voz
Que sai de dentro e grita
Quem é você?
 
Luciana Maria Borges

This page is powered by Blogger. Isn't yours?