quinta-feira, maio 24, 2007

A POLÍTICA NO PLANO REAL COM TODA SUA FALTA DE ÉTICA E RESPEITO À CULTURA SOCIAL.


A Política no plano real com toda sua falta de ética e respeito à cultura social.

Na verdade, dentro da política, há um discurso semiculto do convencimento, uma vez que usa-se frases, provérbios, trechos de obras, representações do concreto (habitação, segurança, saúde etc.) para ganhar votos, levando a população a acreditar em proposta que quase nunca são realizadas depois das eleições. Entre as divergências de esquerda e de direita, ideologias são criadas, copiadas e/ou transformadas para a aquisição de votos.
Mas, no entanto, o político deveria representar o povo, o que na realidade não ocorre, uma vez que o parlamento acaba sendo uma célula distinta da população, na medida em que, a mesma, intervém no parlamento somente através de greves e/ou movimentos sociais organizados.
Por esse motivo a política e a população são tão distintas, e na correlação de forças é a política que define as leis, enquanto a população não promove transformações dentro do núcleo político, a não ser através de protestos e organizações sociais.
Sendo assim, o modelo político só tem unicidade em épocas eleitorais, momento em que os políticos fazem promessas descabidas, utilizando ideologias alheias de forma hipócrita, sendo que, talvez nunca tenham lido sequer uma obra filosófica ou científica de autores como Sartre, Marx, Aristóteles, Maquiavél, entre outros.
Dessa forma, a política acaba sendo um palco de espetáculo onde se propõe muito e pouco se faz, criando-se ídolos e mártires que possam representar o povo, o que de fato não ocorre, sendo que a maioria dos políticos não representa a sociedade (de forma satisfatória), fazendo com que a ética e o respeito cultural acabem sendo deixados de lado, ou simplesmente esquecidos, na medida das conveniências.

Luciana Maria Borges

segunda-feira, maio 21, 2007

FAR-LHE-EI


Far-lhe-ei

O tirarei desta realidade fluxa
Torna-lo-ei uma arte
Interpretando humanamente sua dor
Como um símbolo... um eu
Um valor agregado
Como se fa(e)z sempre
Não precisando de um mundo externo
Em fundamental ação
O tirarei desta realidade escrava
Mesclada de valores
Elevando-lhe à arte
Que é de todo... mais sublime
Um a fuga
Um eu refletido em ti
Inerência moral de mestre
Quem pode mais... se projetar
Sem razão... será...
Apenas sentimento
Na lágrima rasa dos olhos
No turvar de face
Comportamento e imagem
Imortalizando-lhe
Para os que nascem sempre
Buscando uma insujeição criativa
Um dizer não... um dizer sim
Uma indesvendável existência
Que se quer sempre herdar!!!

Luciana Maria Borges

sexta-feira, maio 11, 2007

RUMORES


Rumores
 
Rumores
Eu ouvi rumores...
Mas eram de porta... de calçada!
Daqueles blefes
Daquelas falácias
É como dizer... ouça-me
É como dizer... olhe-me
Eu ouvi... mais uma história
Das minhas... das suas
Ouvi sem querer... mas ouvi sem querer
Dizendo mil vezes.. vida
De cabo a rabo, de cima em baixo
Mas uma....
Que quer um toque
Que quer... que quer...
Infelicidade de não suportar a si mesmo
Ou infelicidade de não poder compartilhar a si mesmo
Quão bom
Quão bem
Se cresceu aprendendo
E depois sabendo... quer dividir
Se não os tem
Em letras deixa...
Para mofar... para mofar
Dilaceradas e decompostas
Minhas letras... suas letras...
Nossas vidas!!!
 
Luciana Maria Borges

TÓC CORESS


Tóc cores
 
Um cor viva
Uma cor tênue
A que fica
A que vai
Escolhe uma na medida do estado
Testando suas fissuras
Rocheando tuas sentinelas
Fez certo
Uma escolha sapiente
Sã e altiva
Fazendo-me bem em descobertas
Só depois percebe-se
Que os rumos são melhores
De janelas mais amplas
Sutilezas embebidas de vaguear
Tóc tóc...
Seus passos...
Insistência e reconhecer
Quando se deve
Quando se faz melhor
Em formosura do não deixar rastros em si
Na medida que fora até o fim
Aquiescências de tua fala muda
Os interpretares...
O salão de dança
Até que se baile a última
No fim da noite durma
Para que se desperte ao clarear do dia!!!!
 
Luciana Maria Borges

BRANCA COR


Branca cor
 
Rosna Branca
Vem cheirar meu focinho
E beber minha saliva
Lambendo meus lábios
Sinta o gosto da cumplicidade
Em se deixar cair nos braços
Em se deixar ir pelas mãos
Brinque todas as manhãs
Assim permanecerá...
De modo que meu coração roube
Dormindo em meu colo
Dormindo à meu lado
Seu charme inocente!!!
 
Luciana Maria Borges

SEMENTE


Semente
 
Um gostinho de fruta verde
Ei-las... para suco
Adocicado com mel
Púrpuros vidros
Transparência de seu reflexo
Não precisa mais...
Que uma hora de sono ao dia
Doze horas de sono à noite
Acidez de um suco
Amargura que só se tem
Ao deixar passar da hora...
As sementes também são açucaradas
Saborosas...
Suculentas!!!
 
Luciana Maria Borges

FRASE


Que a felicidade esteja na brandura de suportar a si mesmo nos momentos de solidão, tendo a certeza de que o compartilhar-se é extremamente gratificante a outros!!!!
 
Luciana Maria Borges

DEIXE-ME SER


Deixe-me ser

Em meu silêncio
Direi
Eu recordei... razões de cada um
Ilusões
Se queres me conquistar
Deixe-me livre
Se tens amor pra dar
Receberei... ou não
Se queres reciprocidade
Deixe que apenas seja
Não me pergunte nada
Deixe-me espontaneamente falar
Somente receba... se quiser
Eu odeio a certeza e também a dúvida
Porém... amo a vida
Não me imponha
Não me pergunte
Não me cobre
Somente me deixe ser... o que sou
... o que posso oferecer
Meus sentimentos são desprovidos de grades
Não lhes coloque uma sequer
Se caso deseja lhes tocar
Pois não é possível precisar a todo instante!!!

Luciana Maria Borges

POR QUE VOLTOU?


Por que voltou?

Na mesma vida
Os moldes maduros
Roídos e intemperizados
Uma peça que se torna...
Trás novidades e às leva
Maldade e inconseqüência...
Um brinquedo inteiro
Despedaçado humano
Como prova de resistência...
Quem dá mais?
Quantos riram de meu entristecer?
Um refúgio é enganar-se
Por um tempo, nada mais
Porém necessário
Para o enfraquecer da derrota
Ausente em mim
Sentimentos... nunca?
Sinto falta de compartilhar
Carinho, cumplicidade, amor enfim
Um dado de seis
Um coringa...
O final
Havia me acostumado!
Porque voltou?
Trazendo nas mãos palavras e crenças
O que são palavras sem contexto?
O que é um vínculo sem convívio?
O que é a presença na ausência?
Apenas vazio
Apenas dúvida!!!

Luciana Maria Borges

RETÓRICA


Retórica

Por observar, posso fazer o mesmo
De melhor forma
De melhor jeito
Os desencontros sentimentais
Que não cabem na imagem
Tênue
Assim a quero... toda invólucro
Será de pinceladas
A nitidez de meu esconderijo
Que não deixa de ser real
Existente em cada pulsar
Nos sofrer e os encaixes
Nos gostar e os desejos
Assim lhe monto em quebra-cabeça
Assim lhe sinto e sonho
Nas idas de um possível recomeço
Descobrir-se
Nas artes
Precisando o amadurecer
De cada instante
De cada você
Não o que foi...
Somente o que criei
E por criar... ver
Interpretar
A retórica dos atos
As mãos...
Principalmente a imagem
A idéia
O proteger-se da dor...
Amenizando-a em micro-gotas
Ingeridas ao regar paixão por ti!!!

Luciana Maria Borges

SEU QUADRO


Seu quadro

Quero pintar-lhe
Uma imagem que é meu encontrar e fugir
De sorriso largo
E olhos brilhantes
Dissipando notas sonoras das mãos
Um instrumento musical
Um ser real na mente
Um inexistir constante nos fatos
Não é a idéia da arte
Amar é insano
Na loucura irei a fundo
De que vale tudo ... sem nada
Altos e baixos, meus julgamentos
Você me inspira, mas te crio...
Eu me inspiro em você
Qual faceta pode ser real...
Quando lhe vejo e interpreto-te?
Por que não a minha?
Se talvez você precise dela?
Um tanto viscoso
Um tanto escorregadio
Suas cores... em outro ângulo concretas
Pelas mãos...
Pelo desejo...
Pela imaginação criativa
De quem quer...
Escolheu amar você!!!

Luciana Maria Borges

ESCOLHAS SÃO VALORES



Escolhas são valores

Dar murro em ponta de faca
Só dói
E apenas dói
Mentir pra si mesmo
Além de lhe fazer perder tempo
Só dói
Apenas dói
Ilusões se constroem na medida da necessidade inata
Compareça para jantar com os hipócritas
Dos quais, não se diferencia
As vezes em seu enganar-se
Lhe coloca amarras e limites fúteis
As escolhas de valores
As escolhas de dores e causas
Continuar furando as mãos porquê?
Quantas evidências mais...
Será preciso para fazer-lhe ver
O fato real?!
Mente que constrói entre pontes...
Do inexistente para o concreto
Idéias verso fatos
Quantas provas mais?
Quantos esconderijos mais?
Necessidade de quê e quem...
Apenas mais uma trincheira
Exclusivamente e unicamente
Feita por si!!!

Luciana Maria Borges

CAI NA REAL


Cai na real

O que sempre diz?
Cobra... queixa
Parece que não anda seguindo...
Seus próprios conselhos
Dialogue consigo... quem sou?
És o agora, e tudo a teu redor
Situações...
Não esperar... jamais
Pois hoje tenho raiva de mim
Pela burrice e ignorância
Teimosia sem fim
Cruel e impiedosa a mim
Porque tudo que dizes... é sábio!
Por que não cumpre?!
Por que insiste?
Por que espera?
Os meses no dissipar...
Acumulam conhecimento sabedoria
E também sua contradição física
Que também é fato
Apenas...
De uma vez por todas
Caia na real...
Ame-se
Deixe de ser inimiga de si!!!

Luciana Maria Borges

DESVENCILHAR-SE


Desvencilhar-se

A cultura da qual... foge
Imigrante
Em ti e fora de si
Podes em parte
Romper..., exige mais força migrante
Assim, então é melhor...
Quem sabe justificar
Sua espera... emigrante
Tempo que esgota ... esgota
Seria preciso um tapa na cara?
Uma surra... mas...
Tão forte é a ilusão
Que nos olhos há fumaça
Cegueira branca psicológica
Inibição de sua realeza...
És ... que transforma...
És ti... sempre... mais maduro
Desmembrando
Refazendo-se
Tecle a tecla...
Até que alguém ouça e veja
O que é mais importante?
Não viverá só, nunca
Mesmo que queira...
Mesmo que seja...
Estará sempre á sua volta tua origem
Tudo que lhe fez até agora...
Um túmulo... um valor... uma vida!!!

Luciana Maria Borges

EXIGÊNCIA


Exigência

Como não pensar somente em mim?!
Se apenas individualmente amo-me
Respeito-me
Em todos os meus estados
Sendo então a explicação do bem estar solitário
Em outras mãos ... a exigência
O descaso em atos
Tripudiando dos segundos de entrega
Alma... corpo
Em busca de quê ou de quem?
Algo interno, uma batalha
Travada consigo
Dirigida ao alheio
É como dizer não ao descobrir sem pressa
Ao criar
Ouvir que deve ser isso ou aquilo
E não o que de fato é
Em todas as velocidades
Em todos os ângulos
O corpo que deve ser querido em suas formas e disposições
Aí tenho desânimo... preguiça
Uma vez que vejo a busca pelo prazer
E não do completar-se...
Ambos
Por isso o medo e o isolar-se
Pois prazer e amor posso dar-me
Sozinha
De outro, quero sublimação...
O que posso ser recíproca sempre!!!

Luciana Maria Borges

ESTADO


Estado

Unicamente
Carregando certezas e incertezas
Medos que dissipam
A tempestade vêm até você
Lhe molhando a pele
lhe faz crer
Depois de tudo... o vazio
A distância e suas faces
Nada é certo
Sentimentos?
Quem são ao longo da vida?
Como não duvidar?
Como esperar?
Em caminhos desprovidos de luz
Mil coisas... infinitas sortes
Metas que tranqüilizam em vista grossa
De olhos fechados na claridade dos dias
Mesmo que abertos... imagens relativas
Individual... conjuntural... estrutural
Desafios de decidir
Sofrimentos... angústia
Quero paz
Apenas paz pra ser feliz!!!
Ou uma morte rápida e indolor... breve... com cianureto!!!

Luciana Maria Borges

DÊ-ME RESPOSTAS


Dê-me respostas

Eis-me
Em minha ridiculice
Na qual me encaixo muito bem
Das palavras ao silêncio
Em egoísmo ou solidariedade
Um olhar
Compenetrada em descobrir
Minha pressa instantânea
E(u)...goísmo!
Sarjeta em que me encontro...
Em muitos segundos de cada dia
Eu...
Este humano...
Que também tem defeitos
Em forma bizarra
Umbigo! Dê-me respostas...
Tira-me do vazio
Dê-me o que fazer... passando o tempo
Não sentir... não sentir
Alteridade! Dê uma luz...
Nesta imensidão de superfícies individuais
Não exigindo-lhes que me deem o que fazer...
Para passar o tempo
Consciência! Quem és tu em mim?
Reconhecendo teus melhores amigos...
Como seus piores inimigos
... na balança....
Quem és tu em mim? Razão!
Que vê... Que não vê
Que sente... que não sente
Que conclui... que não esquece
... na balança...
Dê respostas! A mim ... eu...
Este humano que também tem defeitos!!!

Luciana Maria Borges

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