quinta-feira, dezembro 13, 2018

O BOI É AGRO



O boi é agro

É a água, é a vida, que o meu boi bebeu.
É a alma, é a vida, desse grande povo teu.
É a história, é a sina, de todos os filhos seus.
É a morte na labuta, trupe de peões de Zeus.
A Troia de peões de Zeus.

Não quero contar a história triste
Sem eira nem beira no mundo
Resolve montar sua morada
De sonhos persevera e resiste
Não quero fazer mas tenho que contar

Olha pros teus filhos que estão a margem
Que você deu adeus
No cotidianos a tudo esquecemos como adormecer na dor
Olha bem pra estas vidas, olha pra este plantador
Olha pra este chão rasgado de tanto suor e labor


É a água, é a vida, que o meu boi bebeu.
É a alma, é a vida, desse grande povo teu.
É a história, é a sina, de todos os filhos seus.
É a morte na labuta, trupe de peões de Zeus.
A Troia de peões de Zeus.

Vamos então acordar, pra essa realidade falar
Onde ninguém estava a ver de perto
Então não venha dizer que acredita nessa luta
Se não está aqui pra ver
Pode ser que a terra engula estes laboradores
Mas serão sementes... será que o povo ainda vai dar conta dessa história.

É a água, é a vida, que o meu boi bebeu.
É a alma, é a vida, desse grande povo teu.
É a história, é a sina, de todos os filhos seus.
É a morte na labuta, trupe de peões de Zeus.
A Troia de peões de Zeus.

Luciana Maria Borges

segunda-feira, dezembro 03, 2018

PUPA



Pupa

Deveras há que se pensar
Ponderar sobre tudo
Observar a si mesmo e o que lhe circunda
Até que ponto ser bom é não ser bobo, marionete percebida ou não? A resposta pode ser uma bomba avassaladora, porque entre estas há a frieza maquinada ou a pura inocência.
De repente percebe coisas, fraquezas..., esquivas..., preguiça
Mecanismos de fazer com que os outros acreditem em um corpo e mente debilitada, para que seja não por si próprio cuidado.
Tomara sim que sejam percepções errôneas...
Pois com estas enxergo o egoísmo falando alto por detrás de uma máscara.
Talvez esta usada, e mesmo não percebida por quem a usa, mas está ali, fundamentando os atos para que no fim, não enxergue a si próprio.
No percurso, precisa monstrificar a todos esquivando-se sempre de apontar para o próprio cerne, pois o desconhece: Será medo?
Então continua a vítima, segurando e cercando as muletas metafísicas, as “vaquinhas” que já deveria ter jogado a muito tempo precipício abaixo.
Por que somente assim, permitiria ir de encontro ao que realmente é. Portanto, para que de fato seja e esteja onde quer, minimamente em igualdade com a realidade, precisaria se reconstruir e de fato tornar-se forte, no passo da desistência de tudo que o enfraquece... seus suportes.
Creio que seja muito mais do que se permite ser, e se submete a coisas que no fundo o entristecem e esvaziam profundamente.
Quanto tempo mais precisa se esquivar e enganar-se... por que não se dá a chance de romper com tudo para descobrir-se, tal como uma borboleta, que para vir ao mundo precisa antes ser lava e pupa.
Vezes tenho a impressão que enclausurou-se em pupa, mantendo-se preso, quase sem conseguir respirar... em muito sentindo que vai morrer... mas persiste em manter-se rente e colado às grades. Por que?
Se algo de fato é verdadeiro, não é o tempo que destruirá, pelo contrário, tornar-se-á mais forte e indissolúvel. Então reencontro em outro momento, liberto... sem requisitos!
Para alcançar algumas respostas é preciso abrir mão e se expor. É dolorido... é claro, amadurecer sempre é dolorido!!!

Luciana Maria Borges

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