domingo, julho 30, 2006

FRUSTRAÇÃO


Frustração

Constroem grades em torno de si
Com a chegada da idade encontra vazios
Não sabendo o porquê deles
Simplesmente os sente
Então, dia após dia
Percebe o porquê dos mesmos
Tenta-se resgatar o que fora perdido
Mas junto com o tempo
Vão-se as forças parceiras da idade
Resta-te a louca solidão
A doença que maior é diante do não ser
Frustração
Podia ter se deixado beijar aquele
Cujo qual desejou
Poderia ter explodido em voz
Cuja hora necessitou
Desça lágrimas ... caia
Molhe meu rosto em torrentes
Pois descobri-lhe cedo
Estas grades em torno de mim se quebram
Posso/Ainda tenho força pra gritar bem alto e cantar
Até mesmo debaixo d’água
Onde as ondas alcançam grandes trechos e profundezas
Constroem grades em torno de si mesmos
Cujas, na curta vida, aniquilam luz
Seus instintos, desejos e valores mais nobres!!!

Luciana Maria Borges

LOUCURA


Loucura

Sou louco
Nesta não me nego
Pois loucura é liberdade
Gritar sem medo ou receio
Dar-se o direito de ouvir sua própria voz
Sentir que ela pode ultrapassar barreiras
Chegando bem longe
Que as pernas doam
Mas corra até que não consiga mais
Então se deixa cair
Sem medo de sujar na terra solta
E ser livre
Rolar e se sujar bastante
E gritar como um bobo que ri sem parar
Bem no alto cantar
Gostar de ouvir sua própria voz
Pois é linda ela
E consegues alcançar os mais graves e agudos sons
Desafinar mesmo até
Afinar porque sabes
Apenas ser um louco livre
Uma vez que assim sabe sentir sua alma
Seus limites em força, alegria e devaneio
Por que pra ser feliz
Não é preciso ter nexo!!!

Luciana Maria Borges

sábado, julho 29, 2006

VIDA EM MOVIMENTO


Vida em movimento

Conhecer novas pessoas
Deixando-se livre às possibilidades que surgem
Vivendo-as quando de fato sente-se vontade de viver
Respeita-se suas profundas vontades
As quais sempre negou
Ou não quis ver
Tudo dá suas voltas em forma de espiral
Histórias apenas são similares
Mas nunca voltam ao início
Pois tudo se transforma a cada fração de tempo
Poderá beber o que deseja apenas em micro doses
Na medida de que tudo independe de cada um
E tudo depende de cada um
Esperar dos outros é se aniquilar
Dá-se as costas ao punhal
Mas pode caminhar entre ti e os outros a cada instante
Colhendo os frutos que planta com esmero
A liberdade que você próprio lhe toma
Conhecendo melhor
As faces
Daquilo que julgava outrora conhecer!!!!

Luciana Maria Borges

NOTAS EM UM TECLADO DE PIANO


Notas em um teclado de piano

Espera ao cair da noite o som
Daquele que poderá acelerar teu coração
Emoções na vida se fazem
Como nas notas doces de um piano
Que por vezes se enfurece
Mas são notas emendadas às anteriores
Agudas
Graves
Um jantar de madrugada
Venha com taças de vinho
Nelas algo vermelho
Ainda vejo teu coração bater
Porém, seus dedos estão frios
Não podem estar longe demais
A frivolidade das notas anseiam mais
Sua alma em plenos desejos
Medos que se fazem presentes
No saborear impactante da realidade
Deixe apenas que as coisas aconteçam
Tua voz revela sua intensa fragilidade
Apenas se acalme
E em silêncio sinta
Feche os olhos e se entregue!!!

Luciana Maria Borges

INTENSIDADE


Intensidade

Intensa, intensa felicidade
Tal qual pode ser a profunda tristeza
Na descoberta de seus quadris que dormem em medo
Senti-los mover-se antes que não mais tenha fome
Quebrar a lápide de uma garganta seca
Deveras te quedas tenso...
No supra sumo de algo novo
Intenso, intenso prazer
Tal qual pode ser o profundo vazio
Provando o gosto de seus lábios inocentes
Ser apenas uma face das múltiplas
As quais pode ser...
Boa?
No fim se descobre um novo cristal
Realidades em forma de gotas num oceano infinito
És tu
Em sua vida que se esvai
Dia após dia
Inundando-se em histórias
As quais podem ser suas
Tão frágil que se faz forte
Um toque...
Apenas um basta em poesias!!!

Luciana Maria Borges

segunda-feira, julho 17, 2006

NÃO ME OUÇA


Não me ouça

Sim
Sou apaixonada pela vida
Amo-a tanto que chega doer
Deveras vezes quero dissolver-me
Em um corpo alheio...
Sinta minhas mãos
Um tanto quanto de raiva elas também carregam
E no passear delas em teu corpo sentirá seus estalos
Intolerante em solidão latente
Não tenho mais fome
Motivos se cria a cada segundo
Viva, seu porco imundo
Muitos lhe requisitam
Esta paixão mata-me
Quero subir bem alo e gritar
Mas não quero que ninguém me ouça
Quero quebrar minha casa
Junto à ela minhas mãos
Sangue, saia em meu nariz
Que saia junto esta dor em minha vida
Quero não sentir nada
Quero ser fria e má
Seja meu cúmplice no silêncio
Compartilhando comigo no escuro
Amenizando o que sinto
Nesta saliva que gasto em beijos
Mas não sou má...
Definitivamente!!!!

Luciana Maria Borges

APENAS SINTA-ME


Apenas sinta-me

Não me ouça
Não me olhes
Sonhe comigo apenas
Sei que nele não regulará seus instintos
Nem desejos
Neste deixa-se levar
Suas falsas concepções não lhe vêm
A não...
Não tem saída
Apenas gosta de meu toque
Esquenta-se somente com meu olhar
Beija-me
Porque sei o que queres
Eu também assim recíproco
Não precisa de palavras
Não precisa de instruções pronunciadas
A sim...
Sabes bem o que quero
E o que me fará prazer
Se eu disser... tape minha boca
Anulando meus breves não de receio
Cale-me com teus beijos
Restando somente o sim
Nestes deixo-me levar
Minhas falsas concepções não me vêm
A não...
Apenas gosto de seu toque
Deixando-me embalar neste
E com certeza
O que menos quero
É ter que dizer não!!!

Luciana Maria Borges

MORAL INFAME

Moral infame

Que o diabo leve a moral
Hoje quero
Deixe-me ser
Apenas mais louco nas linhas retas
Imagem que cresci sorvendo
Sou hoje o reflexo de minha construção
Criança...
Durma ouvindo música ou histórias
Que leve esta moral infame
Dance...
Os olhos não deveriam olhar-lhe para destruir-lhe
Dance... e cante...
Bem alto.
Ainda mais forte
Louco, quero que me chamem.
Melancolia entre grades
Leve-a de volta a seu mundo hipócrita
Onde apenas fala-se por falar
Mais uma fada inusitada para se enganar
Enganem-me
Faça-me sentir dor e chorar diante do espelho
... Sou apenas mais um louco
Sentindo as lágrimas mornas sobre a face
Doa
Porque tudo dói ao se jogar fora!!!

Luciana Maria Borges

SIM É O QUE QUERO


Sim é o que quero

Há que temer-me mais uma vez
Nos pensamentos que deságuam
Em toda minha argumentação
Diante de muitos pesares
Expectativas
Simplesmente não ocorrerão
Não
É o que ofereço agora
Apesar de necessitar dizer sim
As escolhas
Insisto nelas
De tantas vezes querer mais
Apenas carinho
Toque minha face
Deixe que meus olhos se fechem
E um leve sono me tome
Na paz aconchegante de teus lábios
Sentindo a ponta de seus dedos em minha pele
Não, é o que tenho agora.
Mas, sim, é o que gostaria de falar!!!

Luciana Maria Borges

terça-feira, julho 11, 2006

AQUELE CORPO


Aquele corpo

Toque aquele corpo frio
Cujo qual, não quer mais que saborear os lábios trêmulos.
Pequenos passos na areia
Retêm nas mãos cartas de fim de jogo
Aqueles passos rumo às fronteiras
Devagar se vê melhor o horizonte...
Haja o que houver apenas olhe para o lado
Pode estar ali quem lhe dê a mão
Mas se não houver, tem a si mesmo.
Que buscas em seu interior um doce despertar
Toque aquele corpo frio
Fazendo com que quente se torne ao acordar
Cujas mãos podem buscar afago
Podem tocar a face e o corpo
Nelas o suor frio
Em sentimentos diversos... ansiedade
Uma claridade suave calor da manhã
Cujo brilho lhe mostra que a noite
Tal como o dia...
Simplesmente passam
E, portanto, não há melhor remédio que o tempo!!!

Luciana Maria Borges

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