quinta-feira, agosto 31, 2006

MEU REQUISITO


Meu requisito

Pergunto-me por que insisto tanto
Neste que “não” me quer
Cujos olhos gostaria de ver
Cuja face gostaria de tocar leve
E em seus lábios esquecer do mundo!
Por que você?
Logo você que me nega
Que me deixa sem vida
Onde poderia pensar que existe
Onde estou em sua alma?
Não estou
E poderia ser um pedaço do cheiro de seus pulmões
Por que lhe desejo inteiro
E assim cuidar de ti
Mas não posso... não posso
Por que lhe quero tanto?
Será que por senti-lo longe
Tão parecido comigo!
Não há como descrever-te
Ao mesmo tempo que lhe vejo escondido
Em sua postura brava, rude, grossa...
Quase infantil
Vejo-lhe um homem, que muito quero ter
Qualidades múltiplas e fragilidade
Preciso dizer de alguma forma...
Será sempre silêncio!
Um grito de silêncio no escuro
Em que meu despertar acorda em ti!!!

Luciana Maria Borges

CONTRASTE


Contraste

Homem no corpo de menino
Atitudes livres
Que deixa amor por onde passa...
Em seus vários sentidos
Deixa-se em pensamento profundo e intenso
Assim como imaginei...
Lábios macios, doces de desenho perfeito
Com um sorriso marcante e penetrante
Em sua forma masculina
Homem... menino
Liberdade que deixa marcas
Suaves lembranças de alguém que é...
E se faz um sonho bonito/inesquecível
Utilizando sempre o livre arbítrio que lhe apraz toda hora
Escolhe atos... sentimentos
Coerentes a seus desejos
Não és apenas este corpo...
Que por ventura infinitamente cobiçável/desejável
Mas alma..., tão forte exalando
Teu cheiro... deveras bom
É claro!
Será sempre uma honra toca-lo
Sentir teus lábios, teu cheiro
... você por inteiro
Que irá sempre embora
Que ficará ... sempre
Em qualquer lugar/pessoa por onde/que passe!!!

Luciana Maria Borges

sábado, agosto 26, 2006

חєpαбµέvoç


חєpαбµέvoç

Por que me vem atormentar
Depois de tanto pensar em amarguras
Que sentimentos me traíram outrora
Sim
O que sou e fui em minha extrema natureza
Sois ainda latente em minh’alma
Ainda batido em meus palpitar
Abandono por simplesmente não valer
A felicidade ... a força
Havia que falar mais forte
Sabedoria ... sentido que deveria encontrar
O que lhe lembro
Em lamentar silêncio em mim
Na lembrança que dói profundamente
Sentimento
Era o que lhe tinha a oferecer
Neste instante lhe posso lembrar
Sentir
Ainda latente... lento... dormente!
Em verdade de cultivar
Por que me volta?
Por que me vem atormentar...?
Não podia frutificar o que era somente...
Dor!!!

Luciana Maria Borges

domingo, agosto 20, 2006

Tέpחw


Tέpחw

Horas parado a refletir
Embriagamento em uma mesa junto a muitos
Rir... chorar... falar nada com nada
Um sentido... um conceito... uma filosofia
É o que preciso ouvir...
Internalizar... pra mover
Apagar da memória
Nesta mesa... suas experiências expostas
Que siga seus remédios!
Lhe querem receitar
Não há ingrediente tão bom quanto o tempo
Olhos em seu mergulho profundo
Lágrimas... goles de minuto
As deixe molhar seu rosto
Para que possa encontrar-se
Tu tens a pele tão alva e única
Concepções e diálogo de cem mil horas
Lhe falta saliva... se vê um tolo
O sentimento maldito lhe cala... puro bobo
Que nome pode dar-lhe?
Por que pode dizer infinitamente
Com apenas um olhar
Este congelado no tempo em forma de imagem
Amenizar... é preciso
Em outras janelas joga cordas para subir
Saídas... consolo ... afeto.
Acalmar-se
Amenizar-se!!!

Luciana Maria Borges!!!

Αyá ח έpwtaç, ח αӨoç, otopyn´


Αyá ח έpwtaç, ח αӨoç, otopyn´

Que sentimento move?
Que por em medos se busca outrem
Somente o que lhe fará sofrer
Fugindo à entrega de ti mesmo
Quer aquilo refletido em contra-regra
Por que é mais devaneio
É mais escuro e esconderijo
No entanto expõe sua carne
Mais sensível
Àquilo que poderia ser mais profundo
Àquilo que poderia ser mais verdadeiro
... não o queres!
E na vida diminuta
Esmurrinha-se todos os dias
Mas algo te corrói cada dia
E cada dia, mais sente solidão
A quietude de seu medo
Entre as paredes que construiu
Fortes... tristes ... rudes
E em sua contradição tão belas...
Suas fraquezas, tão afloradas
Apenas atrás do brilho de teus olhos
Comportamento em isolar-se
Porque não se faz tocável...
... amargura... melancolia... melancolia...
Cada dia maior
Junto às rugas no canto dos olhos
Inútil ..., foi sem viver
Simplesmente por se entregar ao medo!!!

Luciana Maria Borges!!!

quarta-feira, agosto 16, 2006

REALIDADE VIDA


Realidade vida

Não acredito em nada
Vou me deitar no chão
E sentir o calor do sol
Isto é real!
Sentimento e oportunidade
Não quero flutuar no meio deste rio
Que não passa de ilusão
Assim... resisto
Que a natureza me corroa os órgãos
Isto é real
Não quero fechar os olhos
O valor do escuro não me convence
Sou a contradição deste mundo construído
Compartilho-o e usufruo dele
Arranco-lhe meus cantos de sobrevivência
Há que ser feito assim
Não quero e não vou contra a natureza
Que não passa de necessidade
Transmissão de números
Documentos rasgados e misturados sempre
Prosseguindo o caminho que não escolhe
Apenas ocorrem
Quero comer teu fígado vida!
Jogar suas vísceras no chão para os cães famintos
Sugar teu sangue ainda quente
Sendo contigo como tu és a mim
Sem fé nem piedade
Quero segurar teu coração ainda quente
E vê-lo parar de bater em minhas mãos
Então
Só depois de sorvê-la real
Darei conta de caminhar e ver luz
Em paz e equilíbrio...
Dançaremos ao calar do dia!!!

Luciana Maria Borges

ALGUÉM PARTIU


Alguém partiu

Tudo agora
Tudo tempo
Aquele que não pode passar, porém passa...
Fique mais um instante
Porque te ouço e posso criar
Em cada célula há um universo infinito
Suas interações, pensamentos e diferenças
Música de verdade em sua profundeza/produção
Por esses caminhos entre espinhos
Hei de passar
Para colher frutos e matar minha sede
Então
Dormir um leve sono debaixo desta árvore
Não se pode esquecer o caminho que percorreu...
Gostaria de ouvir o som tocando
Gostaria de saborear os frutos
Esqueci de dizer obrigado em algum momento
Que as coisas são mais supérfluas
No entanto, tão intensas que conheço
Sinto seu desabafo
Não vejo seus medos
Mas sinto... tanto
Não mais às possibilidades
A dos sonhos que se esvaem por um a célula
Esta em sua natureza própria
Independente toma rumo
Não!
Não se pode contar com ela
A qual daria notas... expandindo fronteiras
Foi-se junto a ela... possíveis vitórias
Há que se buscar outras!
A vida não para
Os sonhos não param
Há que se buscar outra célula
Para se acoplar e produzir
Matéria, história... música!!!

Luciana Maria Borges

NÃO BRINCAREI CONTIGO


Não brincarei contigo

Eu quis brincar contigo
Desconheço-me
Conheço-me muito bem
Não se me posso jogar toques
Não se me posso deixar ir a ti
Nestes ir e vir desabrocho em amor
Ternura, cuidado... proteção
Apaixono-me
O único que digo é
Não sei brincar com teu corpo
Não sei brincar com seu sentimento
Porque sou música, poesia... pintura à óleo sobre tela
Intensidade extrema em tudo que faço
Definitivamente nunca o meio termo!
Ou quero ou não quero
Ou falo ou me calo
Liberum Arbítrium
Escolhi o caminho na bifurcação de decisões!
Por hora quero solidão
Para depois desmanchar-me nos lábios
De quem eu queira e que também me queira
Destemida e decidida no caminho de entregar
A palpitação da vida sentida em todo o corpo
No brilho de meu olhar tristonho/reflexivo
Principalmente o refletir de um homem
Que não passa de mera ilusão...
Por hora quero a solidão
E em letras viver outras histórias
Outros sentidos e universos se me mostram
Não quero brincar com teu corpo
Não vou brincar com seu sentimento
Sou despertar em carinho...
Ternura, cuidado... proteção
E jamais quero que brinquem comigo!!!

Luciana Maria Borges

quinta-feira, agosto 03, 2006

AFIRMAÇAÕ SENHOR JUÍZ


Afirmação senhor juiz

Palavras são reais
Duas faces de uma mesma moeda
Ninguém jamais lhe saberá
O julgaram e condenaram
Sim
Afirmar é fácil demais
Crendo ter que convencer
Aquele, cujo qual quer dominar
Sim
É fácil pedir ou mandar
Pessoas são marionetes quando se deixam ser
Escravas de suas carências
Solidão em sua cultura triste
Quero tê-la ao chorar diante do espelho
Pensei que o mundo fosse feito de flores
... Cúmulus Nímbus se me mostram tormentas
... Há espinhos por todos os lados
A pele acostuma a ferir-se
Fortalece-se
Nem meus olhos vêem mais
Aprende-se a colher flores murchas com espinhos
Apenas quer dá-las vida com suas lágrimas
Sente que vai sorrir também
Então acaba sorrindo... por breves momentos
E destes se lembra sempre
Para correr atrás e vivenciar novos breves instantes!!!

Luciana Maria Borges

SEJA PURO


Seja puro

Não me subestime
Não olhes direto em meus olhos
Temas-me
Que seja assim sublime
Queria tocar-lhe a pele
No entanto, nem sempre, pode-se ter o que se quer
Note que o tempo muda
Junto à ele suas partículas de pensar
Seja eu, por um instante uma anedota
Na qual serei atriz e o pronunciarei
Neste palco de ilusões sentimentais
Os quais poderiam por um instante ser reais
Demência é liberdade
Liberdade é paz
Paz é felicidade
Assim o recitarei, meu caro!
Como poema que és
Em todos seus atos posso sentir-lhe
Na palpitação de sua vida posso sorver-te
Assim em solidão equilibrada
Com a peculiar satisfação de desvendá-lo
Em suas mãos que desejo e lábios anseio ser eu
Porém não posso ser sua e você não pode ser meu
Mas quero que seja assim mesmo
Seja puro
Assim em silêncio profundo
Gracejo em desavergonhado sorriso
Seja puro, meu caro anjo
Faço-lhe límpido em mim
Pois mesmo que não possa ser meu em matéria
O será em pensamentos
Criando assim um outro você
Mas que não deixa de existir
Mesmo que o tempo passe
Uma vez que fora concretizado em letras!!!

Luciana Maria Borges

INOCENTE AMIZADE


Inocente amizade

Amizade?
Onde mora tua face?
Onde estás?
Pensei que havia lhe achado!
Mas a frustração está perene em realidade
... derrota de mim em crer nisto
No entanto, o que resta?
A vivência... sentimento nobre e palavra
Somente porque em essência
Há coisas mais importantes do que estar certo
Sim, amizade!
Quem és tu em sua realeza
Senão aquela que é pureza
A qual de vínculo o não sangue substitui
Porém, sangue também pode ser amigo
Que verdadeira seja
E um abraço nobre possa dar sem sentir ou ter malícia
Sem receio
Quem leva sua pureza
Sanando o que pode existir de mais vivência?
A confiança não reside onde há segundas intenções!
A transparência do vínculo mora na sinceridade
Tanto dos atos, quanto das palavras
Há que fazer valê-las
Inocência
Quão singela pureza...
É o que me faz rir de verdade e também amar
Criança... anjo!!!
Ternura... delicadeza
Suavidade densa
Na qual sente liberdade
Pode chorar... recíproco sorrir
Fato!
Veracidade que sente e nada
És tu mesmo...
Amizade
Não sei se sou eu que deturpa sua face
Pensando que a mesma não pode ser senão
Liberdade de irmãos que cresceram em honra
Existindo regras, as quais se respeita
Sentimentos que não são egoístas
Amor puro!!!
Não deixa de ser intensamente suntuoso
Mesmo valor tem... ou mesmo mais importância
Uma vez que o egoísmo não se faz tão latente
Atos doces de avelã o são
Profundo... verdadeiro... belo!!!

Luciana Maria Borges

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