segunda-feira, outubro 23, 2017

O QUE É SUFICIENTE?




O que é suficiente?

Já foi falado
Todos estão cansados de falar
Todos estão cansados de não serem ouvidos
Pois não é algo de agora
É a história que se repete, e se repete...
E quantos já morreram
As vezes parece que tudo em vão
O que é suficiente?
Ao que parece uma resignação servil
Medo, sofrimento, baixo estima, enfim...
Todos os sentidos da degradação colocados em ação
Para desfocar
Roubando debaixo do nariz de todos
Porém ainda nas sombras
Abutres canalhas de todos os lugares que vem se aproveitar
E até mesmo financiam o caos
Para dele se lambuzar em um banquete
Que a esperança caia da corda bamba!
E se perceba
Sem luta não há liberdade
Nunca houve e não haverá jamais
E a luta não finda
Visto que quando se descobre novos métodos de luta
Novas conquistas e independência
Logo também se articulam meios para escravizar
Usar, extorquir...
Em uma ganância sem fim, por cada vez mais
Mesmo que pra isso
Todo o mundo termine em pó
Todos os animais
Todos os seres humanos
Que são afastados da mesa de jantar!!!

Luciana Maria Borges

domingo, outubro 15, 2017

AUTOCRÍTICA




Autocrítica


Subterfúgio e compensação
Um pouco de egoísmo ou muito
Sociedade perdida, cada um o desejo
Sem expectativa para o continuar
Em cada pedaço de Minh ‘alma
Um corte profundo
Chegamos ao ponto
A frieza quase repleta
Assim respiro melhor, pois precisei destes muros.
E não lamento!
Cada um tem suas armas e defesas.
Admiro a janela dos olhos inocentes e abertos a entrega.
Fui algemada na dor e cada dia ainda sinto o desiludir.
Mas não sou de todo desesperança
Visto que trago em mim a força que se chama amor!!!

Luciana Maria Borges

SOMBRAS




Sombras


Desperto e aqui digo
Escancarando um eu sombrio
Nota talvez em mim uma muralha forte
Mas eis que aqui dentro reside um ser
Que sente, sangra, chora e ri
Sou cada gesto de carinho que desejei e não recebi
Deixando de lado cada dia detalhes, que são tão eu
Não importando ao virar as costas de modo tão rude, desnecessário
E aqui fico!
Acomodados em uma guerra infinda
Como que deslumbrados em passos de Moonwalker
Acreditando em mudanças e florescer do melhor de nós
Por esperar dias melhores
Um deslumbrar de fato!
Nesta ferida aberta em que toco fundo
Trocamos farpas.
E depois de muitas cicatrizes
Enxergamos somente nossa própria dor
A cada ato bruto
Destes detalhes que deixo passar
Sinto como se uma garra fria me rasgasse... bem aqui
Consegues ver?!
O coração batendo miúdo e apertado
Como se quisesse parar!
Como se suprimido tão forte entre mãos cerceadoras
De minha paz a alegria.
Consegues vislumbrar que aqui exponho minha alma nua?!
Porém me expondo, não penses que estou a mercê!
A ideia de forte que vê não é ilusão
Sou mesmo selvagem, brilhante, quente, ferro, rocha e cascuda.
Tudo que conseguir ver!
Daquele tipo que só se destrói com a morte!!!

Luciana Maria Borges

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