O amor nasce tal como morre
Às vezes
é preciso dar um tempo
Às vezes
é preciso sentir saudade
Ver o quanto
importa pela falta que faz.
O amor
morre como nasce
De
repente... ao acaso
Ninguém
sabe explicar
Apenas
acontece...
Quando
surge, pode ser intenso ou passageiro
Ao nascer
pode ser cultivado... conquistado
Durando
talvez até a morte...
Porém,
nada é certo!
O amor é,
mais que tudo, incerteza
Pode ter
altos e baixos
Mas,
quando morre... apenas morre
E quando
morre, acabou!
Você pode
se esforçar para fazê-lo ressurgir
Porém ele
não voltará... Eros que te quero!
O amor
pode ser também sorte.
Quando
ocorre simultâneo! Coisa rara!!
Você,
então, pode estar com alguém sem amar
Cultiva
laços, respeito... um afeto Ágape
Mas,
sorte maior ainda, seria Eros e Ágape juntas de mãos dadas...
Quem dera
pudéssemos escolher... quem dera.
Mas não
podemos.
Não
escolhemos nos apaixonar, nem por quem será
Também
não escolhemos não mais sentir
Algumas
coisas simplesmente deixam de existir
Sofremos
e fazemos sofrer.
Incorrespondências
da vida!
Sinto
tanto...
Sinto
muito...
Como
encarar esta realidade tão subjetiva?
Inconcreta...
inconsistente... fluida
De onde
nasce a ética...
De onde
nascem todos os laços e atos?
O amor
simplesmente morre, tal como nasce...
Às vezes
ajudamos o sepultamento infligindo dor
Fazendo
sangrar e esvaziar-se...
Às vezes
nada fazemos... mesmo assim... morre
C’est la
vie!!!
Luciana
Maria Borges
Assim
como plantas
Não basta apenas plantar e esperar para colher
É preciso cuidar dia a dia
Retirar as ervas daninhas
Afofar, adubar e amanhar a terra
Cobrir com serrapilheira para nutrir e proteger
Regar
Cultivar
Podar sempre que preciso
Eliminar predadores...
Só então verá belos brotos, e dessa forma, belas
flores perfumadas.
Por seguinte frutos maravilhosos
Dos quais deverá guardar as sementes daqueles mais luminosos
Preparar novamente a terra em um ciclo contínuo
Plantar outra vez novas sementes ...
Dos frutos... se deliciar e saciar a fome também de
vida
Não permitindo desperdiçar... todo o doce que farta
a existência.
Com toda a fartura adquirida na bonança do cultivo,
produzir doces, geleias, bolos, tortas... sabores diversos que tornam mais
colorido o mundo de alegria
Cultivar, cuidar... colher... deliciar pelo simples
fato de apenas ser o que acredita.
Em uma revolução constante, continua dançando o
movimento de uma jornada apaixonada.
Florescidas no auge da vida.
Após o cuidado, carinho e dedicação...
Eis que surge a pele mais macia a ser tocada
De olhos radiantes para uma vida repleta
De amores feitos do melhor adubo
Se solidariedade aprendida, sobrará mãos dadas...
Assegurando o distanciar dos abismos que vezes nos arrombam
no percurso das escolhas.
Cantarolando e resistindo com a voz mais bela,
cujos lábios voltam sempre a sorrir
Se de afeto terno é consagrado e assim reluz
Sempre acolhido pelo o melhor afago
De quem pode dedicar amor...
De maneira a deixar visível o florir
Em corpo e face do verdadeiro existir!!!
Luciana Maria Borges