sábado, outubro 21, 2006

UMA CAUSA


Uma causa

O que poucos percebem
Quem vai até o fim
Por uma causa
Justa... honra
Poeira e respeito
Constituição de uma história
Um valor nobre
Quem faz todos os dias?
Rotina...
Melhor quando sofre
O diferente aprendizado
Seus pés em outros lugares
Ao mesmo que escreve
Encontros literários!!!

Luciana Maria Borges

segunda-feira, outubro 16, 2006

QUIETUDE


Quietude

Sempre ao gritar mais alto que o outro
Um dia pode-se ouvir
A si mesmo
Encontrando-se entre as frestas
Passar o tempo ou vive-lo
Um vivo morto
Ocasiões assim se fazem
Nas temporadas de inverno
Sentindo frio em pleno verão
Na linha do Equador
Tempestuosas formas de crer
Assim ao ser surpreendido
Não consegue falar
A menos que lhe dêem um rumo
Ou apenas diz várias coisas
Incompreensíveis... seu subconsciente
Por que desabafar é necessário
De diversas formas se faz possível
Tortuosas, maleáveis... dolorosas
Poucas vezes saborosas
Dividir...
Algo lhe leva sempre a este precisar
Ouvi tua voz outro dia
Mas queria que ouvisse a minha
Ao deixar de escutar

Luciana Maria Borges

domingo, outubro 08, 2006

DEVIDO À CONVENIÊNCIA


Devido à conveniência

Uma pessoa
Que se faz notar
Por vários fatores
Não basta saber
Mas que os outros percebam
E que eu perceba esta recíproca descoberta
Então, o que choca?
Atos
Condenáveis?
Não importa
A partir do momento
Que em um grupo esteja
E ali se faça perceptível/desejável
Mas não basta
O que conquistou
Quer mais
Sua felicidade se torna um momento raso
Uma mera ilusão
Fantasia que defende
Por defender com tanto esmero e firmeza
Convence!
Necessitam de algo que às guie
Isto pode ser um falar mais alto
Torna-se aquela
Tudo o que condena
Devido à conveniência
Um conceito que se transforma
Uma pessoa que se faz notar
Não basta saber...
É apenas um adaptar
E o que você sugere?!!!

Luciana Maria Borges

ANALISANDO


Analisando

Gosto de andar no meio da multidão
As pessoas e seus horários
Suas atitudes em seus horários
Buscando algo
Fazendo-se notar
Suas formas
Metamorfose ou essência
Um conceito que se transforma
Amadurece
O que é convevência
No adaptar-se cultural
Sobrevivendo, então, melhor
Dinheiro..., mesmo que não o tenha
“Clichê” é só uma armadura
Pra quem precisa se esconder
Atrás daquilo que diz não gostar
Mas na verdade ama!
Apenas águas que se vão
Juntamente com as outras
Idéias/ação
Esta é a maior diferença
Há pessoas “metamorfose”/”essências”
Qual das duas você acha melhor?
Gosto de andar no meio da multidão
Para observar pessoas e suas atitudes
Que mudam sempre na medida dos horários
A solidão atormenta mais a noite
Todos
Frenéticos... se fazem ver
De uma forma ou de outra
Diante de algo não alcançado...
O enganar-se... ou esconder-se!!!

Luciana Maria Borges

sábado, outubro 07, 2006

DESQUIMERAR-SE


Desquimerar-se

Quero ficar aqui a noite toda
E como o dia
Acordar
Andar na feira
Olhar... ver
Para então decidir
Para então voltar
Com todo cansaço... pensar
Depois, a vida continua

A madrugada que pesa nos ombros
A angústia que se desfaz
Em cada letra
As músicas... ajudam muito
Por dizer no anterior
É tão bonito...
Um sentido que vem
É bonita mesmo... bonita demais

Um pouco de quimera
Faz parte e deve fazer
Por que assim debaixo da chuva
As gotas se sente melhor
Ao amanhecer...
Novas ideias... novas
Por que refletir é preciso
E desistir de muito
É o melhor!!!

Luciana Maria Borges

POR QUE TUDO É UMA QUESTÃO DE ESCOLHA


Por que tudo é uma questão de escolha

Por que tudo é relativo
Das coisas mais supérfluas
Que fazem sorrir ou chorar
Por todo um dia
Por todo um dia
Nas escolhas mais pequenas
No caminhar selecionado
A dedo...
Aproximar distinto
Gesto, solidão ou não
Atinencia dos obstáculos
Há vários caminhos
Por que tudo é uma questão de escolha
Que fazem sorrir ou chorar
Por todo um dia
Por todo um dia
Perder tempo com apenas um
Ganhar horas com apenas um
Por que pode significar mais
Relevância das alternativas
Escalações entre emoção e razão
Preferencialmente... sentimento
Que te fazem sorrir ou chorar
Por todo um dia
Por todo um dia
Por que tudo é relativo
Das coisas mais supérfluas!!!

Luciana Maria Borges

sexta-feira, outubro 06, 2006

POR QUE NAO?


Por que não?

O que eu quero é tocar teu rosto
Com minha face
Sem pressa
Senti-lo em meus braços
Esquecer que o complicado existe
Tornando a realidade um sonho
Agora, gostaria de tocar seus lábios
Somente por que quer... e também quero
Esquecer tudo
Fazendo destes segundos
Imortais
Porque realmente sente/sinto
Porque és quem desejo
Poderia olhar teus olhos profundamente
Escuros... e me deixar ir
Em tuas mãos... desenhadas
Teus lábios, tão vermelhos... tão seus
Por que não?
Vá até a janela
Se onde mora encontrar uma
E olhe... olhe bem
Seu momento!!!

Luciana Maria Borges

O QUE SOU...


O que sou...

Posso ...
Serei mais que um segundo
No mundo do que sou
No nada para onde vou
Segundo tua história
Longe do certo ou errado
Onde está o espelho velho
A contradição de onde parei
No que fala e faz
Quem é meu paradigma
Se rosa se faz dor
Solúvel no estar são
Nas tintas salubres de cores vãs
O que é pra mim senão o tempo
O que sou... que me amo mais
Não passou no tempo
Fez parte dos meus minutos
Nem senti teu cheiro
Não foi você mesmo
Pois está onde fiquei...
Me julgo no que faço
Gasto sonhos no que gosto
Acabando entre o sim e o não
No incerto de tudo
No que vale a pena...
E o que vale a pena?
Senão se fazer bem...?
Enganei-me pensando
Porém nada vejo
No infinito do que sou, nada tirou
Também nada acrescentou
Seria minha inspiração
Realmente um instante do que sou
Se quisesse!!!

Luciana Maria Borges

domingo, outubro 01, 2006

NÃO SOU


Não sou

Eis a verdade
Pois a mim me confiei
Pensei sobre o mundo e a vida
Erguia do chão, junto ao fogo do meu ser
Encurralada, fiquei exposta demais à vida
O coração sangra na boca
Tem gosto de ruína
Belo sentimento
Tão singelo se desdobra em meu corpo
Se sente nu, tampando o que pra mim não é vergonha
Na verdade... não sabem amar
O toque se torna feio
O desejo se torna vulgar
Não sentir-me...
Posso tocar com a ponta dos dedos a tua face!
Eis em mim o amor
Pois não tenho vergonha ou medo de amar
Pensei sobre o mundo e a vida
Só fez me magoar
Senti raiva de mim
Na medida que me deixei
À quem me faz ter vergonha de mim!!!

Luciana Maria Borges

METÓDICO


Metódico

Não desisto
É assim que chego a algum lugar
A febre não sana por si só
Ela precisa de remédio
Ela é o meu remédio
A boca não cala
Tão precisamente chora
Tão cheia balbucia os passos
Estes estralam nesta rua
Onde chove e o vento assovia
Meu corpo sente a chuva
Lá no alto já estou...
Incentiva-me!
Preciso ouvir... preciso ouvir...
Meu corpo sente frio
Preciso de algo que me aqueça
Algo que me faça lutar
E este algo... ser eu!!!

Luciana Maria Borges

VALORES INVERTIDOS


Valores invertidos

Tome o último gole
Dê-lhe tapas e depois piscar de olhos
No dançar de salto alto
Basta a vaidade
Não dirá jamais...
Condena tudo que foi/é/será
Muitos ainda estarão aí... em teus pés
Beleza... basta ela
Roube-lhe tudo
Seu valor... externalidades
És apenas uns reais
Chocolate, flores... tecido e tal
Não haverá limites
Basta músculos
Língua, corpo, seios...
Cambaleando nos dizeres... teus
Quem diz?
Estarão a teus pés num estalar de dedos
Mate-lhe
Apenas casca tens
Em sua “perfeita” imagem
Basta estar “na moda”
Mal ditado citado por ti
Mal ditado feito por ti
Não dirão... não dirão nada
Além de cantadas... à teus pés
Basta um decote
Curvas de três horas dia-a-dia
O cultivo é lucrativo
Muito lucrativo entre as cochas
O resto... interno... essência... é resto!!!!

Luciana Maria Borges

UMA GRADE CHAMADA "CONSIDERAÇÃO"


Uma grade chamada “consideração”


Sair num vale de buscas/social convívio!
Deixar de ser e agir
Valores... vontades
A pergunta “o que pesa mais?”
Rua longa, vazia... segura
Os cães latem
Caminha mergulhado em pensamentos
Em razão de alguém... anos e anos
Não..., por consideração
Apenas mais uma grade
Nesta restrita vida em cárcere
Grades...
De outros e de ti mesmo
Onde termina tudo que não tem fim
Limites ideológicos
Razão de ganhos e perdas
Sentimentos!
“Mais forte” e menos livre... prenda-os
Mais livre e “menos forte”... fuja
Em tudo que resume simplicidade
Essência não quebrara facilmente
Paz estável e imutável não irá
Interior... o que acontece todos os dias
Entretanto, poucas vezes se vê
Capacidade de estar sem precisar
Oportunidade de ser e não mais ... necessitar
Em uma hora que dura um segundo
Sendo, mesmo assim, inesquecível
O melhor que brota dos olhos e morre na boca
Tantos e tantos
Mas só... e completo!!!

Luciana Maria Borges

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