terça-feira, março 27, 2018
A FALTA
A
falta
O que sente ao perceber que não significa
tanto quanto gostaria a quem tanto lhe significa?!
As janelas são oportunidades criadas...
brota então a conquista
Ferramentas de sentires sublimemente
Estão torcendo o tecido de forma a expelir
toda a humanidade
E como não fica triste?
Cala-se a voz do tentar compreender e
questões importantes
Cala-se toda voz
O tempo é repartido em trabalho, labor,
estudo, labor
E é instigado a querer mais e sempre mais
Na corda bamba da “vagabundagem” ou o
“trabalhador”
O que é de fato ser um vencedor?
Com uma mente bagunçada vejo tantos
valores se despedaçando
Não moral..., e crescente solidão...
Gostaria tantas vezes ter ao lado alguém
com quem discutir filosofia existentes e pensamentos nossos construídos
Essa realidade de agora, como um borrão
Tanta cobrança... sim seja um bom servo
Se conseguires um bom salário compensa o
pouco tempo que lhe sobra
Ah um cheirinho bom de café da manhã
Estas vozes tão familiares que confortam o
instante presente
A presença tua
Sim sinto saudades tua... minha inspiração
sorridente de olhos tão singelos... sua imagem me faz feliz... e eu nem sei
explicar por que razões racionais!!
A razão consiste apenas no sentir
Tudo faz parte da questão...
Não existe uma caixa em que organize por
etapas tudo que sou
Sou tudo ao mesmo tempo... desejo de
viver!!!
Luciana Maria Borges
quinta-feira, março 08, 2018
FAÇO-LHE TODO O TEMPO
Faço-lhe
todo o tempo
A todo tempo lhe faço... uma escolha, um
pensar
Desejo de escorregar meus dedos em tua
pele morena
Estima ou não condita...
Ser humano... faz parte a loucura de uma
sentimento correspondido ou não
Aprecio apenas o fogo... sou viva... ainda
bem!
As belezas de cada um... estes rostos
Uma palavra... pulsar é conquista
Então engula a moral se és capaz de ser
livre.
Exige desapego e também força
Conhecer e aceitar o que o outro pode ser
Uma imaterialidade contida nas mãos
Sentimentos não compráveis... de fato
nunca o são!
O problema do tempo é a experiência
Enxerga claramente as nuances, e grita...
És capaz de suportar quem o outro é, de
maneira a não controlar o desejo do outro?
E não ferramenta, um breve permitir como
permuta pelo prazer...
O único que fica na mente, entre as
fissuras da vida... suas rugas que sempre chegarão!
Dúvidas eternas só ou não!!!
Difícil demais o desvincular dessa cultura
escravista... não só da tradição, mas moral... cultural!!
Só quero beber a vida e senti-la pulsando
em minhas veias
Livre para dançar, gritar, cantar... amar
E vem você com toda sua prisão e fraqueza
Engaiolando almas na moral da monogamia...
Quem foi o criador dessa burrice... e para
quem?
Eu sei, principalmente para mulheres.
Mas todos se tornaram escravos da rotina
cotidiana.
Criando uma sociedade onde o ideal e mais
viável é mentir.
Pois a verdade é forte e fere o orgulho,
vaidade, monopólismo ou fraquezas alheias.... em sua eterna hipocrisia!!!
Luciana Maria Borges
GRANDE PRODUTO CHUPIM DO MUNDO
Grande
produto chupim do mundo
Sob a chuva neste vasto mudo hostil
A realidade é enxergar suas contradições
brigando ou não para que mudem
Sozinho é só!!! Forças se anulam...
Será mesmo necessário o sofrer?
Quais outros mecanismos, penso, podem
salvar desvinculando os sentires?
E se distância, até que ponto não chorar?
Oh, lamento do que poderia ter sido tarde
demais...
Guardo o abraço e o prefiro
O que sou para ti... eterna incógnita
Mão de obra, ombro, resguardo...
Não merecedor
O coração já ocupado pela beleza
Os aplausos do mundo e sua vaidade
Isso conta como um troféu que exibe...
E se orgulha de peito largo
Quem sou para ti... uma incógnita eterna
E diz-me, dê-me a mão... não me abandones
Uma flor que não exibe o perfume
Sua suavidade é percebida apenas por
atentos
Pelo apreciar preciosos... se é que o
precioso não é apenas ilusão!
Sim, dúvidas!!!
Nada é plausível, palpável
Apenas um cisco no mundo que será varrido
da história
Vale a pena mesmo sangrar... batendo
contra um muro resistente de ilusões... só?
Esfacelado e já bastante cansado...
As faces do “melhor” que podes
aproveitar...
Bebe da água que lhe resta, limpa ou
não...
Tudo bem... já é o suficiente!!!
Nesta noite somente quero paz para dormir
Sentir-me feliz pelo simples raiar do sol
E da brisa cujos meus pulmões ainda podem
se encher!!!
Luciana Maria Borges