segunda-feira, novembro 27, 2006

MEUS ENIGMAS


Meus enigmas

Um “A”, será que és tu?
Diferente
Para quebrar meus preconceitos
Em linha inconsciente se escreve
Desenha-se tu
Quando vês... um “A”
Em maiúsculo
Por ser mais fácil riscar reto?
Sim deve ser! Porém...
Uni-se a este uma ilusão
Por que é bom fantasiar
Na vida cheia de peças
Suas representações de valores
Íntimos... cantos de lendas
Masculino e feminino
Heróis que não querem ... a monotonia!
Mas, transformação, descoberta, movimento
Principalmente segurança...
Nos braços de alguém que podes dormir
O que é realidade?!
Senão a fantasia concretizada de outros!
Tijolo após tijolo
Surpreendido a cada esquina
Quem dirá a cada região!
Frieza! É o que resta
Quando de frustrações frutifica o receio
Quero não ser assim... nunca
Por que isto...
É uma forma de prisão!!!

Luciana Maria Borges

NO MEIO DO CAMINHO


No meio do caminho

Fantasmas voltam?!
Rodeiam procurando brechas
Eis aqui...
Eu neste casulo, tentando eclodir
Seus limites são meus sonhos
Reais e alcançáveis...
Quem boicota mais?
Eu ou as circunstâncias?
Pois não sei o que é pior!
Escrava destas?
Inimiga de mim?
“Carcasse, tu trembles? Tu tremblerais bien d'avantage si tu savais où je te mene. ”
Mil razões encontrarei...
E de fato... muitas são reais!
O que é a vida?!
E de que serve ela?!
Se não puder dar tudo de si?
Ser extremo em arte ou ciência
Pois basta um limite, que é a morte.
Que os outros sejam rompidos... todos
Superstições, valores, crenças...
E creia!
Um “por favor” pode ser...
Nada mais, nada menos...
Que uma chantagem emocional
Superfícies..., grades invisíveis.
Quem sou eu? Quem és tu?
Como se achar no direito de inferir...
Defeitos..., qualidades..., atos?!
Fraqueza...?! Sim a tenho!
Todos têm...
Com diferentes ângulos e/ou intensidades!!!

Luciana Maria Borges

NO MEU DIREITO


No meu direito

Ter preguiça, entre outros...
Meu estado só
Um fracasso...
Suas devidas conseqüências
Por que falar mais?!
Cada pronunciar soa tolo
Suas frases repletas de influências
Crie!?
Despido de essência
Artificial!?
Não adianta ir contra
Nem raiva ... nem nada
Então... saia daí!
Por que ainda não abriu aquela janela?
Não lhe serve este vinho
Muito menos esta casa...
Não vês?!
Suas paredes erguidas sem alicerce
O que queres?
Pule este rio e enfrente a escuridão
Leve o fogo...
E mesmo que destrua muito...
Estará ainda renovando!
Suas cinzas... teu sangue caíram
Que seja assim
“The marble index of a mind forever, voyaging though strange seas of thought, alone.”
Bravo, erga-se
Sopre as brasas que restam...
E com o carvão em óleo escreva...
Seu nome...!!!

Luciana Maria Borges

terça-feira, novembro 21, 2006

CHEGAR ATÉ VOCÊ


Chegar até você

Que tipo de pessoa...
Poderia quebrar a rudeza...
E com um instrumento
Chegar a teu coração?
Que tipo de pessoa seria esta?
Não com versos
Não com linhas, ou traços, ou sombras!
Quem sabe notas musicais?
Poderia eu lhe fazer uma canção!
Não é fácil se expor
Diga-me, de que serve a vida?
Tenho um conceito já formulado sobre esta
De nada adiantaria o medo
E então, não agir, pelo mesmo
Blefar?! Ou...
Apenas induzi-lo a mostrar as cartas
Porém, não se constitui jogo
Não gosto de jogos
Mas sim de profundidades equilibradas
Descoberta e entrega
Vejo-lhe em qualidades múltiplas
As mais singelas... e intocáveis
És tu... realmente o que é em gostos
Que te faz irresistivelmente atraente
Irremediavelmente desejável
Queria eu ser a pessoa...
Que sabe as manhas
Os caminhos
Que possui as ferramentas para...
Chegar até você
Pra isso, não basta apenas a arte!!!

Luciana Maria Borges

NOTA A TI QUE FÔRA!


Nota a ti que fôra!

Não perderei meu tempo
Discutindo com o passado
Que de erros gráficos... caminhos vesgos
Encontra janelas
Que meios são estes?
Sim, sei bem... sei bem
Não adianta negar
Conheço o desinteresse, disso não se trata
Conheço muito bem!
Vil, se faz notar
De uma forma ou de outras
Na visita... tecnológica
Desconhecedor das técnicas é!
Tenho em mãos muito mais apetrechos destas
Sei de cor, e saberei ainda mais
Na distância há que perfazer-se
Minhas condutas fortalecem os muros em torno de mim
Passado... é passado
Um defunto...
Meus amores presentes são outros
De infância e família
Também outro homem me apraz agora
Portanto!
Não me venha tirar a paz
Mesmo porquê, não tens acesso à esse poder
Não mais...
Apenas constitui nota em consideração
Devido ao tempo
Nada mais
O que fora perdido... não quero!
Brilha em mim um reflexo
Daquilo que realmente almejo
Não és ti, nem mesmo suas opiniões.
Muito obrigada!!!

Luciana Maria Borges

quarta-feira, novembro 15, 2006

FREEDON


Freedon

Liberdade não é uma questão de querer!
Apenas nasce com ela
São os pensamentos e concepções
Sua profunda natureza
Talvez sofra mais que todos
Por que tem alma de artista
Pois mesmo que não queira
Sente
Sabe
Gostaria de não saber
Gostaria de não sentir
Talvez assim tivesse paz
A intensidade se faz presente
Em um coração que lateja
O pior e mais difícil
É respeitar
E o respeito ocorre, não por que quer.
Mas por que és assim
Seu ser... seu ser
Sentimentos alheios não são seus
Não serão jamais
Correspondência e reciprocidade, talvez um dia
Mas não sempre
Tens que aceitar!
A liberdade é um conceito
Bem mais complexo do que julgava
Privar?!
É uma contradição, não só pra si.
Simplesmente poder – se - há conquistar
Dia após dia, o que quer!!!

Luciana Maria Borges

quarta-feira, novembro 08, 2006

APENAS UMA PALAVRA


Apenas uma palavra

Desafortunados no amor
É o que somos
Digo então que ergo a bandeira branca
Que desisto de tudo e de todos
Só não da música
E da profissão
Quando a solidão se fizer mais latente
Que entre pelos meus pulmões
O que me fará dormir
Não mais que isso
Assim sinto-me
Assim vejo-me
Talvez uma brevitude
Um deslizar pelos olhos de outro
Um querer
Nem mesmo ter o que dizer
Há que se achar novos sentidos
A generalização nada mais é do que o fruto da prepotência junto à ausência do refletir!
Mas pra quê? Por que achar outros?
Não!
Devo me culpar e perdoar-me
Amenizando a mim mesma
Pois ninguém o fará
Lixo se faz no mundo por muito pouco
Pouquíssimo se faz com muito... muito
Que se explode a qualquer hora
Como uma bolha frágil
Por que então?
Por que sofrer tanto?
Por que “maldito” lhe quero?
Por que simplesmente não me basto?
Não posso dormir assim
Que me leve com toda dor os resultados
E o tempo!!!

Luciana Maria Borges!!!

domingo, novembro 05, 2006

ENCANTOADA


Encantoada

Jamais e não
Negativas formas lhe rodeiam
Apenas isto pode ouvir e sentir
Por mais que imagine e saiba
Depois daquela superfície
Se esconde o agora e o sim
Fura-la com os dedos...?
Não é rompida assim
Constitui átomos de história
Condensados em teu balbuciar
Palavras de um trajeto
Sonoridade receios
Trazidos dos cortes longínquos
Que ainda gotejam
Manchando aquela que depois lhe chega
E todos os outros
Este líquido que envenena
Espanta ou mata
Ou apenas faz doer por alguns instantes
Lhe poderia chegar com ervas
Culturais e puras
Reais e práticas... somente francas
Despidas e sem grades
O mal é querer-lhe
O mal é apenas este
Imanente e sem escolha
Porém transmuta...
Como tudo se transforma!!!

Luciana Maria Borges

À ESPERA DO DIA


À espera do dia

Em seu lugar
Vestida de noite
Não fora feita sob medida
Não lhe cabe o toque ou conceitos
Vai que o dia lhe esconde o sol
Feita assim todos os dias
A plenitude da solidão
Exasperar-se é só mais um instante
Daquilo que teima em ver
Por que hoje não ouvi meu estar
Por que hoje não senti meu ser
E não ser de breves instantes
Melancolia lhe faz acordar
Do que fora conduzido
Do que lhe disseram ser
Mais uma que ouve não valer
Apenas uma imagem
Quando esta se for... irá também
Restando-lhe um banco à porta
Um refletir a longitude
No isolado lado teu
Pensamentos não lhe valeram nada...
Apenas as curvas ficam
Substituídas por novas, que sempre nascerão.
A idéia lhe influenciou
Vestida de noite por dizer não
Só... sempre, por não ser igual
A espera do dia
Em que o sol brilha
Em que o sol ... brilha!!!

Luciana Maria Borges

O QUE FICA


O que fica

Resmungar é o que me resta
Queria ficar mais tempo
Olhar e decifrar tudo
Um hunf
Um “que droga”
E também “que merda”
Jogar fora o que quer é difícil.
Expectativa de outra vez
Outra chance
Resmungos... resmungos
Há que se partir
Buscando outras fontes
Talvez também seram assim
Mas serão outros
Alternativas e cartas
Em seus naipes variados
Concepções e atos
Que similares... instintos
Serão histórias
Esquecidas... pouco intensas e importantes
Marcantes e longas...
O que quatro horas podem ser para o resto da vida
Esta até a velhice
Longos anos
E mesmo assim... lembrança será
Por que você?
O que significará no fim!?!

Luciana Maria Borges

"OU NÃO"


“Ou não”

Que vá pro inferno este “ou não”
Tudo restrito
Camuflado de nãos
Por não poder olhar e sentir felicidade
Em nada transcende
A não ser em neblinas, as quais não se pode tocar
Por que aquela frustração lhe tomou
Dá deste gole à força!
“Ou não”
Por não haver palavras o suficiente
Explicação do que gostaria de jogar fora
Por que gosto de crer que há coisas melhores
Que aquele sorriso foi real
Aquele olhar também
Por mais que vá se acabar
Por mais que vá embora
Sendo assim livre
Por mais triste
Compreendendo a liberdade daqueles que se vão
Egoísmo... puro...
E carência
Na decadência suprema do não crer
Em nada... em nada se faz solúvel
Que vá pro inferno a sua ladainha...
Você e o seu medo também
Discordo e respeito!
Que a distância seja um presente
Capaz de deixar paz
Que o isolamento lhe possa... deixar dormir...
Por mais de duas horas
Tudo vazio... indiferente... irreal!!!

Luciana Maria Borges

This page is powered by Blogger. Isn't yours?