quinta-feira, fevereiro 23, 2006

PAI?


Pai?

Estamos aqui!
Mesmo não sendo fruto de um ventre que não nos desejava
Apenas viemos de um ato carnal
Que inconseqüente deu vida a seres
Os filhos
Filhos do mundo
Filhos da vida
E também do amor
Estes filhos que vieram através do desejo de se obter gozo e prazer no corpo alheio
Sem pensar na ferida que causa no peito dos filhos
O pai os sangra
Pondo-lhes a culpa de virem ao mundo para roubar sua vida
Seus gestos e verdades
Eis o que forma o mundo mesquinho!
Pais que se rebelam contra os filhos despejando-lhes a raiva e minuciosos golpes certeiros
Que matam a cada instante
Ao invés de ensinar-lhes a amar e serem felizes
Pergunto-lhe pai, agora!
Onde está o ancião bonito que andava pelas ruas a cantarolar?
Mostrando um sorriso digno?
O que fez com sua vida?
O que fez com nossas vidas?
Jogou-nos neste mundo que tritura humanos
Na ânsia de se enriquecer cada vez mais
Forçou-nos a viver sem a tua presença
Para livrar-se dos encargos
A pretexto somente de viver sem o peso da responsabilidade.
Já que não tinha em ti o amor
Mas no o culpamos
Talvez você tenha sido gerado como nós
Sem ser convidado!
Entrou como um intruso na vida de seus pais!
Que tinham somente o objetivo de gozar na cama e levantar feliz no outro dia ...
Monótono e repetitivo!
Gostaríamos que nos provasse o contrário
Gostaríamos que não fosse assim
Mas te agradecemos
Ao mesmo tempo, por ter sido assim, pois pretendemos não cometer o seu erro no futuro
E Deus queira que não cometamos
Jamais nos perdoaríamos!!!

Luciana Maria Borges

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