sexta-feira, setembro 08, 2006
DIA APÓS DIA
Dia após dia
A alguns dias
Estou achando meio desinteressante
A maneira como converso com as pessoas
Há tempos
Estou sozinha
E não vejo graça em ninguém
A alguns minutos
O tempo estava parado
E eu não pensava nada
A cada dia... há um dia
Um dia que penso não voltar mais
E realmente não volta
Há as intrigas da vida
Intrigas bem disto
Bem dita... bendita... mal dita e maldita
Um soluço calado
Onde o crepitar do vento
Soa com tristeza e curiosidade
Há a bendita saudade
Pedindo alguém que volte de longe
Há a procura do nada
Que impregna a grande raiva
Por motivos de acusação
A folga dos braços
Cansados e majestosos murmuram
Cresce das ruínas
A nevoa de pó
Que adoece... aquele belo e esbelto
Tinindo gotejos de suor pela face
Deitam... nem lembram de se banhar
Não há tempo suficiente... para se limpar
Não há tempo ... para descansar
Há o silêncio ... que mete medo
E recua ao olhar
Os barulhos tristonhos das pálpebras
Que jorram lágrimas sem parar
Elas batem no travesseiro
E lá... se evaporam pelo ar
Ninguém fala sobre isso
Não tem mesmo o que falar!!!
Luciana Maria Borges