Símbolos
ou não!
Palavras simbólicas a par de um interesse
egoísta
Derrota ou vitória.
Palavras com o sentido de não dizer
Atos que conferem um realismo ferrenho
Desentendimento arrochado de angústias
Promessas não cumpridas
Um quem de algo inexistente
Uma dor latente e incessante a cada espera
E o organismo morre
Um rosto lindo... quem diria ia ao léo do
mundo
Um sonho de suas mãos arejadas de vinco do
amanhecer
Sobriedade e sonho
Fantasia em que a clareza do mundo não
perpetua
E vive a mercê de acreditar em um sol que
brilha
O que leva a mão do outro caminhando ao
lado
Tênue saber de ambos que se deixam perder
em tempos
No fim uma parábola e uma questão
Símbolos e caricaturas
Alguém tenta podar os pés já cansados de
pós
Museus de ser si mesmo.
Ouvir quem dera um ato visto
Vociferando um credibilizar
Vejo um martelo batendo em meu rumo
Escorrendo sentidos e omitidos de
oprimidas ideias
Costurando a boca que canta...
Todos os dias só...
Pássaros, vento, sol, manhã
Todo cantinho de paz que libera a língua
Nos cantos da boca o sorriso espontâneo
De um belo poente de festejo de ser si
mesmo!
Ouvirá esta canção neste corpo calado
Olhar dizendo todo instante
Podes ouvir teu brilho
Fosco de incerto crer...
Abrirás quantas vezes a porta?
Quantas vezes inocente
De bandeja se entrega ao que chama viver
Um dizer que é amor ou história!
Suas versões de muitas inclusas batalhas
Submissão ou conquista!
Quem sobrará desta guerra?
Será eu também um mero soldado de armas na
mão?!
Promessas não cumpridas
Por que tão importante?!
Palavras malditas desditas com atos
Por que és importante?!
Será eu impiedoso exigente de concretudes
que morrem?!
Tudo ruindo em volta
Outros e eu...
Um reles frágil que envelhece, adoece,
agoniza e chora!
Que significados são estes?
Minha confusão e não dormir...
Esquecendo em seguida o que me faz morrer!
Nada está sob meus pés além das convicções.
Minhas meras invenções de querer e eu...
Que penso ser e não sou
Diz ser este monstro e maior amor do mundo
Anjo de asas negras...
Nesta contradição agride e abraça um corpo
que se entrega mais uma vez!
Caio em cinzas de mil incertezas a cada
palavra riscada.
Sua voz pronunciando um acreditar
Sua voz...
Seus atos...
Sua voz... o tempo passa... as pessoas
mudam!
Palavras são nada.
Mentira e verdade
É apenas o momento que, após um segundo,
não é mais
Conceitos são lixo...
Tudo é nada e nada é tudo
Onde estão meus sentidos neste buraco
negro?
É um mundo em que vejo sentido
Mas sentidos por sua voz
Meus sentidos ....
Aqui estão em agonia!
Promessas, falácias...
O problema será mesmo de quem acredita nas
palavras?!
Quem és interrogação?!
Palavras também são atos!
Na concretude exprimem tua vazão.
Quem sou eu para morrer por ti?
Sempre sem razão...
Seus trovões apertam meu peito e calam
minha voz...
Que em letras desaguam na história de quem
quiser acreditar
Nexo de cada um
Nada e tudo.
Eu único... símbolos ou não!!!
Luciana Maria Borges
# posted by Canto Desapercebido : 6:01 PM