sábado, setembro 15, 2018

CEDER-SE


Ceder-se


Definitivamente imperfeita
Descobrindo-se em vários pontos marionete
Numa jornada em que o arpão dos conexos aprisiona
Sempre jogado contra o verdadeiro algo que flui da alma
O almejo profundo enxergado com medo
Um pouco ou muito de subordinação
No entanto sempre um olhar triste... reside
A distância gigante de si emerge e sangra
Há que nadar rumo a ti... um universo em retorno
O tempo está passando e quanto mais tarda... um lamentar
Quantos choros serão buracos nos quais cai?
Retendo-se na intenção egoísta do outro
“Minha posse... minha posse.... Aconchego... Minha dor”
Até quando....?
Um pouco de egoísmo parece ser importante as vezes
Enxergando a si sempre a esquiva e ao lado
“Mais isso... mais aquilo”
Principalmente eu.... este ser imperfeito
De lágrimas quentes a admirar o que acredita
Passando ao largo do ato de querer pelo outro...
A aflição que chorará será verdadeira também
Teu padecer é sempre a mim uma ferida
Goles de veneno que me eliminam
E ao falar que fique... uma estaca que me prende rente ao chão.
E tantas vezes expresso em letras... liberdade
Mas em uma prisão... em que as frestas ao céu são fechadas
Chantagens, controle compassivo... ouço...
“Veja só as feridas que deixa em mim... seu monstro egoísta
Nunca mais quero lhe ver...
Você acabou com minha vida
Vou morrer, não podes ir embora
Você é a única coisa que tenho...”
Estacas pontiagudas... vejo-as todas
Os poros de minha ‘alma sangrando
Cedendo e morrendo... ei próximos....
O fato é que depende mesmo é de mim
Soerguer da lama em que nadei... mea culpa ... mea maxima culpa
Sim, responsável somente eu.... ninguém mais... se foram escolhas
É preciso enxergar-se e assumir os erros
Que me tragam sabedoria e força para ser quem almejo!!!

Luciana Maria Borges

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