quinta-feira, fevereiro 07, 2019

FICAR SEM CHÃO





Ficar sem chão

Quero matar este ser que se anula em mim...
Este eu que se detém para não promover a dor do outro.
Por gostar do cultivo das vivências.
Tudo construído no tempo de troca.
Quero cair na esparrela, me perder de mim, se é que me entende!
Lambuzar na dor das rupturas, tremer e sangrar.
Então ir de encontro ao canto da sereia, tão irresistível
Essa melodia perigosa, trazendo uma bela flor nas mãos!
De modo a ficar sem chão, e flutuar
Deixando-me à sorte de toda tempestade.
Quero soltar o animal que vive e ruge
Para correr em direção aos almejos.
Um egoísmo... qual será, então, o tamanho do meu ego?
Deixar de apenas imaginar para viver imortalidades
Mesmo que durem menos que o esperado...
Serão imortais... eu sei!
Seus sabores estarão na memória de minha língua.
São forças que acalentam a mente
Sempre que para por encontrar a si mesmo!!!
Me apaixono por pessoas profundas
Pois soam como música boa
Daquelas que te fazem transcender.

Luciana Maria Borges

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